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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DA HORTA PARTE 3

Preparo do terreno para semeadura ou plantio
 

Limpeza da área escolhida para a horta: capinação e amontoa do mato em um ponto do terreno para decomposição e posterior incorporação ao solo (a queimada é prática proibida no manejo orgânico, exceto para eliminação de plantas contaminadas por vírus e outras doenças), retirada de entulhos, tocos e raízes de árvores, etc.

-Locais de fácil encharcamento: efetuar a drenagem da área.

-Revolvimento do solo: a uma profundidade de 20 a 25cm (aproximadamente um palmo) quebrando-se os torrões de terra e nivelando-se o terreno. Em áreas pequenas usam-se o enxadão e enxada nesta operação; em grandes áreas o arado e grade tracionados por trator ou por animais (usar equipamentos que impeçam ao máximo a reversão das camadas de solo e a desagregação de sua estrutura). Nesta operação pode-se aproveitar para icorporar corretivos (ex.: calcário) ou adubos orgânicos (ex.: estercos animais curtidos, compostos orgânicos, etc.).





-Construção dos canteiros para sementeiras, semeadura direta e para o transplante de mudas, com as seguintes dimensões: largura entre 0,80 e 1,20m; altura de 20 a 25cm e comprimento variável de acordo com a dimensão do terreno, normalmente não superior a 10m, em hortas para autoconsumo.

-Para algumas hortaliças não há necessidade de canteiros, bastando revolver e destorrar a terra e, em seguida abrir os berços, adubar e plantar (ex.: abóbora, quiabo, berinjela, jiló, couve, etc.);

-Distância entre canteiros (caminhos): 30 a 40cm. Os caminhos, bem como as entrelinhas das plantas, devem ser mantidos e protegidos com cobertura morta para controle do mato, manutenção da umidade e do equilíbrio térmico do solo;

-Nos terrenos com declive, os canteiros devem ser dispostos de maneira que "cortem as águas", ou seja, devem acompanhar as curvas de nível do terreno, para diminuir perdas de solo por erosão; nos terrenos planos, dispostos no sentido norte-sul;

-Devem apresentar a terra solta, sem torrões, pedras, raízes grandes, e a superfície plana.

-Correção do solo (calagem e adubação orgânica): aplicação de calcário para correção de acidez e dos adubos e compostos orgânicos para correção de acidez e dos adubos e compostos orgânicos para correção das deficiências minerais e melhoria da bioestrutura do solo. A calagem deve ser feita antecipadamente ao plantio, podendo-se aplicar no sistema orgânico, no máximo 2t/ha/ano (equivale a 200g/m2). Com a melhoria do solo, pelas adubações orgânicas frequentes e incorporação de restos vegetais, a calagem pode ser suspensa.



O preparo do solo é uma das operações mais importantes para o sucesso do cultivo de hortaliças orgânicas, pois a manutenção de um solo sadio, vivo e equilibrado é que garantirá o desenvolvimento de plantas saudáveis, capazes de suportar as adversidades (fatores climáticos desfavoráveis, ataques de pragas e doenças, entre outros).






"Rastafari a compreensão do processo da vida..."

PrimavERA, renovAção do EUiEU.



Primavera é quando num pedacinho da Terra as flores se abrem, o sol fica mais forte e a vida fica mais alegre.
Quando, num canto da Terra, se faz primavera, nos outros cantos se faz verão, inverno e outono.
Das quatro estações, a primavera é a mais bonita, porque colore a terra, perfuma o ar e contagia os corações sensíveis com sua alegria.
A primavera é uma boa época para renovar o espírito, assim como as flores se renovam.
E de colher os frutos e semear a terra.
Semear a terra sempre, pois isso significa mantê-la sempre fértil.
E de terra fértil, sempre brota a vida.
Bom seria se a primavera acontecesse o tempo todo, em todos os corações humanos... 

florescendo, enfim na forma de atos, palavras e pensamentos, sempre positivos...
Se cada ser vivente, fosse como uma flor, bela, pura e cheirosa, toda a Terra viveria uma eterna primavera...
Depende de cada um, fazer do próprio coraSião, a terra, semeá-lo e cuidá-lo, para cultivar o espírito da primavera  todo o tempo em qualquer estação.




"Cuida, cuida, cuida da flor do seu jardim
Rega não deixa murchar a flor do Eu e Eu
Cuida, cuida, cuida da flor do seu jardim
Rega não deixa murchar a flor do Eu e Eu
Jardineiro de Jah, jardineiro de Jah, jardineiro de Jah."

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DA HORTA PARTE 2

Escolha do local

Em áreas urbanas a escolha do local muitas vezes fica um pouco limitada em função da disponibilidade de terreno (normalmente são áreas pequenas, com muitas interferências), mas deve-se, na medida do possível dar preferência aos locais com as seguintes características:


-Proximidade de água de boa qualidade e em abundância;
-Proximidade das casas das famílias ou pessoas participantes da horta: facilitar os trabalhos de manutenção da horta e evitar furtos;
-Área exposta ao sol o dia todo ou por pelo menos 4 a 6 horas diárias;
-Distante de árvores para evitar o sombreamento e competição por nutrientes do solo;
-Terrenos não sujeitos a alagamentos ou encharcamentos e ligeiramente inclinados (para facilitar o escoamento do excesso de água);
-Áreas de solo de consistência média (areno-argilosa): se possível evitar solos muito argilosos ou arenosos.

Escolha das espécies

Esta etapa é muito importante, pois as espécies de hortaliças possuem diferentes exigências climáticas, especialmente com relação à temperatura, luz e umidade. A escolha de culturas e cultivares adaptado às condições locais e às épocas de plantio é prática fundamental na agricultura orgânica.
No centro-sul do Brasil (inclui o Estado de São Paulo) a temperatura é o fator que maior influência exerce sobre a produção de hortaliças: afeta o desenvolvimento vegetativo, o florescimento, a frutificação, a formação das partes tuberosas ou bulbosas e a produção de sementes. Algumas espécies se desenvolvem melhor em períodos mais quentes (primavera e verão), outras em períodos mais amenos e frios (outono e inverno) e outras possuem cultivares adaptados a ano todo (ex.: alface de verão e alface de inverno; cenoura de verão e cenoura de inverno, etc.).
De um modo geral, as hortaliças encontram melhores condições de desenvolvimento e produção quando o clima é ameno, com chuvas leves e pouco frequentes. As temperaturas retardam o crescimento, a frutificação e a maturação, podendo também induzir florescimento indesejável.
Sem generalizar, podemos agrupá-las da seguinte forma:
-Hortaliças de folhas, raízes e bulbos: temperaturas mais amenas (15 a 23 C°) Exemplos: alface, couve, almeirão, chicória, rúcula, espinafre, cenoura, beterraba, rabanete, mandioquinha-salsa, alho, cebola, etc.
-Hortaliças de frutos e condimentos: temperaturas mais elevadas (18 a 30 C°) Exemplos: abóboras e morangas, berinjela, jiló, chuchu, melancia, melão, pimentão, quiabo, salsa, coentro, etc.
Portanto, as diferentes exigências das espécies em temperatura é que vão definir as épocas adequadas de plantio.
A luz solar é um dos fatores climáticos mais importantes para a vida vegetal, pois é aquele que promove o processo da fotossíntese. O aumento da intensidade luminosa provoca aumento da atividade fotossintética da planta e consequente aumento da produção de hidratos de carbono, elevando o teor de matéria seca nos vegetais. A deficiência luminosa provoca um maior elongamento celular, resultando no estiolamento da planta (aumento em altura e extensão da parte aérea - caule, folhas, sem elevação do teor de matéria seca).
A duração do período luminoso, denominado de fotoperíodo (número de horas diárias de luz solar), influencia o crescimento vegetativo, a floração e a produção de algumas hortaliças, como o alho e a cebola. Ambas as espécies somente formam bulbos em condições de comercialização, quando os dias têm a sua duração acima de um certo número mínimo de horas de luz - característica que varia de um cultivar a outro. Exemplos: alho - o cultivar "Branco Mineiro" adapta-se bem a dias curtos, quando plantado no outono, em diferentes latitudes e altitudes; os cultivares "Gigante de Lavínia" e "Amarante" são menos precoces, mas exigentes em fotoperíodo, mas tambem produzem bons bulbos quando plantados no outono na região centro-sul; já os cultivares argentinos vegetam vigorosamente nessas condições, mas não bulbificam; cebola - cultivares de ciclo médio ("Baia Periforme" "Piracicaba", "Pira Ouro", etc.) exigem fotoperíodo de 11 a 13 horas diárias de luz e são mais indicadas para o plantio no Estado de São Paulo; cultivares precoces ("Granex", "Texas Grano 502", etc.) exigem fotoperíodos de 10-12 horas para a formação de bulbos.
Outro fator climático importante é a umidade, uma vez que a água é imprescindível à vida vegetal e constitui mais de 90% do peso da maioria das hortaliças. O grau de umidade do ar influencia na perda de água das plantas por meio da transpiração e o teor de umidade do solo influencia a absorção de água e nutrientes pelas plantas. A umidade do solo pode ser controlada por meio da irrigação, sendo esta uma prática imprescindível ao cultivo das hortaliças. O alto teor de umidade do ar afeta o estado fitossanitário das hortaliças, pois favorece o ataque de fungos e bactérias patogênicos. A baixa umidade do ar, por outro lado, oferece condições adequadas para a proliferação de ácaros.
Um aspecto importante a considerar no planejamento da horta com relação às espécies, se refere à duração do ciclo de vida de cada planta (período da semeadura à colheita), que vai determinar o período de ocupação de cada canteiro com as diferentes espécies.





"O tempo ensina, se trabalhar edifica, vem providencia divina, para nutrir o coração do homem terreno celestial"