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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Anjo da Terra.


O Anjo da Terra,
O que extrai trigo e frutas
Da plenitude da terra,
O que traz filhos
Dos rins do esposo e da esposa.
Para o que lavraria a terra,
Com o braço esquerdo e direito,
Produzirá ele
Grande cópia de frutos e grãos,
Plantas com matizes de ouro
Que crescem da terra
Durante a primavera,
Até onde se prolonga a terra,
Até onde se estende os rios,
Até onde nasce o sol,
Para distribuir suas dádivas de alimento aos homens.
Louvo esta terra extensa,
Dilatada ao longe por caminhos,
Produtiva em plena atividade,
Tua Mãe, planta sagrada!
Sim, louvo as terras
Onde cresces,
Perfumada, e onde, logo, se espalha
O bom cultivo do Senhor.
O que semeia o trigo, a relva e o fruto,
Semeia a Lei.
E sua colheita será farta,
E sua colheita estará madura sobre as colinas.
Como recompensa aos seguidores de JAH.
O Senhor mandou o Anjo da Terra,
Mensageiro sagrado da Mãe Terrena,
Fazer as plantas crescer,
E fertilizar o ventre da mulher,
Para que a terra nunca esteja sem
O riso das crianças.
Adoremos nele o Senhor!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

PARTE 3 SOLO

Matéria Orgânica (MO)

A matéria orgânica é proveniente da acumulação e decomposição de restos de origem vegetal ou animal: raízes, folhas, frutos, corpos de animais, estercos, etc. Os materiais adicionados passam por diversas transformações, tornando-se com o tempo, em um produto escuro, finamente dividido e relativamente estável, onde não se identifica o material que lhe deu origem, denominado de húmus. A MO acumula-se no solo até um nível de equilibrio entre as adições e as perdas por decomposição.
Entre os diversos benefícos da MO, podemos destacar:
-é condicionadora do solo: através de suas longas cadeias orgânicas, agrega partículas minerais e confere ao solo condições favoráveis de porosidade, melhorando a permeabilidade e a capacidade de retenção de água;
-é responsável, em grande parte, pela capacidade de retenção de nutrientes do solos, evitando  perdas por lixiviação (carregamento dos nutrientes por meio da água, ao longo do perfil do solo), fazendo com que os mesmos fiquem fora da zona de exploração das raízes das plantas;
-serve como fonte de energia para o desenvolvimento dos microrganismos do solo: alguns são muito importantes, como as bactérias que fixam o nitrogênio do ar, cedendo-os às plantas e os microrganismos que fazem a decomposição da matéria orgânica fresca, liberando os nutrientes N,P,K,Ca,S, etc., além de secretarem substâncias ativas como hormônios, antibióticos e enzimas, que aumentam a atividade biológica e auxiliam no controle de populações de organismos nocivos, como pragas e patógenos presentes no solo;
-é uma fonte de macro e micronutrientes, liberados lentamente para as plantas (o que é interessante no cultivo orgânico);
-imobiliza elementos tóxicos e em excesso (Al, Mn, etc.) e exerce poder tampão no solo (ajuda a manter o pH estável).
É muito importante manter o teor de matéria orgânica acima de um valor mínimo no solo (manter na faixa de 2 a 5%), o que não é fácil na condição tropical, uma vez que o calor e a umidade existentes nas regiões quentes promovem a aceleração dos processos de decomposição da MO.

Reação do solo (acidez e alcalinidade)

O grau de acidez de um solo é medido pela concentração de ions hidrogênio (H*) na solução do solo e é normalmente expresso pelo simbolo pH (p = potencial; H = Hidrogênio). A escala de pH vai de O a 14, sendo 7 o ponto médio, onde se diz que o pH é neutro. Acima de 7 se diz que o solo tem reação alcalina ou básica, e abaixo de 7 que o solo tem reação ácida. A maioria das hortaliças se desenvolve bem em valores de pH variando de 5,5 a 6,8.
Os solos podem ser naturalmente ácidos em razão da pobreza do material de origem em Ca, Mg, Na (bases), ou através de processos de formação ou de manejo de solos que levam à perda destas bases e, portanto, à acidificação. Adubações nitrogenadas com adubos químicos solúveis provocam a acidificação dos solos.
Na maioria dos casos, não é a acidez em si que prejudica o crescimento dos vegetais e sim os fenômenos colaterais que ela ocasiona: aparecimento de elementos (fósforo e boro), remoção de outros por substituição nas partículas do solo (cálcio, magnésio, e potássio que são substituídos por hidrogênio e alumínio).
O processo de acidificação é comum em regiões de clima úmido: lavagem progresiva pela água das chuvas, de quantidades apreciáveis de bases (Ca, Mg, Na e K), que são substituídas inicialmente por hidrogênio e depois por alumínio. A incorporação de materiais orgânicos nos solos, principalmente nos mais arenosos, ajuda a diminuir a perda destes nutrientes, pela grande capacidade de retenção e troca de nutrientes que a matéria orgânica possui, ajudando desta forma a manter o pH mais estável e os nutrientes disponíveis para as plantas. A maior parte dos solos brasileiros são ácidos e, portanto, deverão ser corrigidos para permitir o bom desenvolvimento das plantas. Em regiões áridas e semi-áridas (como o sertão nordestino), podem ocorrer solos neutros e alcalinos em razão do acúmulo de sais no solo, dada a escassez de chuva.
Para se conhecer o grau de acidez do solo ou o valor do seu pH deve-se recorrer à análise do solo, devidamente amostrado. Porém, algumas palntas como samambaias e sapé são indicadoras de acidez do solo.

AMOSTRAGEM DO SOLO PARA ANÁLISE

Para conhecer a fertilidade de um solo recorrer-se à análise química, em laboratórios especializados. Para que se obtenham resultados confiáveis, de nada adianta uma análise se a amostra enviada ao laboratório não for representativa da área que se quer conhecer e cultivar. A amostra a ser enviada é uma quantidade de terra, em geral de 300 a 500 g, retirada de uma mistura de diversas amostras de um mesmo tipo de solo (é uma amostra média). A amostragem do solo deve ser feita seguindo os passos abaixo:
-dividir a propriedade em áreas homogêneas (mesmo tipo de solo, vegetação e manejo): para cada área retira-se uma amostra conforme passos seguintes;
-na área a ser amostrada, caminhe em zigue-zague distribuindo os pontos de coleta em toda área (em torno de 20 pontos);
-em cada ponto, limpe a superfície do solo (retire o mato, pedras, etc.) e abra uma cova até a pronfundidade de 20 cm; com auxílio de um enxadão ou pá reta (vanga), retire uma fatia de terra, cortando de cima até o fundo da cova, e coloque em um balde;
-ao final de todos os pontos, misture bem toda a terra do balde e retire cerca de meio quilo; se amostra estiver úmida, deixe secar à sombra;
-embale a amostra em saco plástico ou caixa de papelão e cole uma etiqueta identificando seu nome, município, nome da propriedade, número da amostra, planta cultivada, endereço e telefone para contato; envie ao labaratório (pode ser por meio de correio ou entregue pessoalmente).
-a um medidor de pH, chamado Peagâmetro, onde se pode verificar o nível do solo, com uma tabela identificadora.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Parte 2 SOLO

ATRIBUTOS DO SOLO IMPORTANTES PARA O MANEJO

Cor do solo
 

É a característica morfológica de mais fácil visualização. Muitos nomes populares de solos são dados em função das respectivas colorações: "terra roxa", "terra preta", entre outros. A cor tambem é enfatizada no Sistema de Classificação de Solos: Latossolos Amarelos, Vermelhos; Argissolo vermelho-amarelo, etc.
A cor normalmente está relacionada com outras características ou propriedades do solo:
- cores escuras: indicam altos teores de material orgânico decomposto;
- cor vermelha: indica boa drenagem interna e altos teores de ferro;
- cor cinza: indica que o solo é mal drenado, que permanentemente tem excesso de água no perfil (baixadas próximas a rios e riachos):
- cores claras: boa drenagem, pobreza em matéria orgânica, maiores teores de areia.

Textura
O termo textura se refere à proporção relativa das frações granulométricas (areia, silte e argila) que compõem a massa do solo. As partículas do solo têm tamanhos bastante variados: algumas são suficientemente grandes para observação a olho nu (ex. areias), outras podem ser vistas com o uso de lentes de bolso ou microscópio comum, enquanto as restantes só podem ser observadas com auxílio de microscópios eletrônicos (ex. argilas).
As partículas podem ser agrupadas em 5 frações, de acordo com o diâmetro:
argila < 0,002 mm
silte (limo) 0,002 -0,02 mm
areia fina 0,02 - 0,2 mm
areia grossa 0,2 - 2 mm
cascalho 2 - 20 mm
pedras > 20mm
Um solo é classificado como de:
- textura arenosa quando mais de 85% das partículas estão na fração areia;
- textura argilosa quando mais de 35% das partículas estão na fração argila;
- textura barrenta ou franca (média), quando ocorre equilíbrio entre as frações.
O tamanho das partículas tem influência direta nas propriedades físicas e químicas: normalmente as menores são mais ativas. Portanto, a textura irá determinar no solo algumas características importantes: taxa de infiltração de água no solo, capacidade de retenção de água e nutrientes, taxa de decomposição da matéria orgânica (maior no solo arenoso), permeabilidade à água, grau de plasticidade, facilidade de trabalho com máquinas e resistência à erosão.
Solo arenoso: fácil de se trabalhar, bem arejado, a água infiltra rapidamente, baixo armazenamento de água;
Solo argiloso: é mais pesado e difícil de se trabalhar, resistindo às ferramentas; a água infiltra mais lentamente, porém apresenta melhor capacidade de armazenamento de água.
Estrutura A estrutura define como as partículas de areia, silte e argila estão ligadas entre si e se existem poros entre elas. Estas partículas em condições naturais, encontram-se aglomeradas em partículas compostas referidas com frequência como agregados ou torrões que ocorrem no solo. As principais substâncias que atuam como agente cimentamente, unindo aquelas partículas, são a matéria orgânica, as argilas e os óxidos de ferro. Os organismos vivos do solo contribuem para a formação e estabilização de sua estrutura.
A estrutura define a maior ou menor porosidade do solo e a proporção de macroporos e microporos. O solo ideal tem 50% de matéria sólida e 50% de poros, assemelhando-se a uma esponja.

 
Um Solo é mal estruturado ou compactado, quando não há água nem ar em quantidades suficientes; a água não consegue infiltrar no solo reduzindo a capacidade de armanezamento de água deste e causando erosão. A falta de água pode provocar a elevação da temperatura do solo. Por outro lado, um encharcamento e falta de ar no solo provoca o abaixamento da temperatura, o retardamento ou paralização da decomposição da matéria orgânica, a diminuição das reações químicas que tornam os nutrientes disponíveis, o aumento da atividade de microrganismos prejudiciais e a dissolução de ferro e manganês em grandes quantidades, atingindo níveis que são tóxicos para as plantas.
Existem alguns indicadores simples que revelam a situação da estrutura do solo, A presença de certas plantas invasoras como guanxuma e o assa-peixe indicam a compactação do solo. Já a presença de carqueja e gramíneas baixas de folhas muito estreitas, indicam excesso de água ou má areação. Outro indicativo da má estrutura do solo é o acúmulo de pó na superfície e a ocorrência de nuvens de poeira em dias com ventos.
Fim da 2° Parte
 
Parabola do Semeador.

"Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte, finalmente caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta. Quem tem ouvidos, ouça! Mateus 13.4-9